fbpx

Notícias Sem categoria

Situação das Santas Casas é dramática, diz jornal

Sem categoria - 26.01.15

Nota publicada na coluna Tempo Presente do jornal A Tarde desta segunda-feira, 26, destaca o cenário de crise que afeta as santas casas e entidades filantrópicas da Bahia. Abaixo a íntegra do texto:

A situação das Santas Casas e das entidades filantrópicas que administram hospitais na Bahia chegou a um nível tal que é preciso uma intervenção imediata dos governos para mantê-las funcionando.

As entidades são responsáveis por 51% dos atendimentos da média e alta complexidade do país e estão sufocadas. O Ministério da Saúde destinará, em 2015, R$ 40,8 bilhões para essas áreas de atuação. A bancada federal que representa o segmento entrou com um pedido de incremento de R$ 4 bilhões. Mas ainda não há resposta.

Dívidas — O presidente da Federação das Santas Casas na Bahia, Maurício Dias, diz que o problema é ainda maior. Para se ter uma ideia, dos 64 hospitais administrados por entidades filantrópicas ou santas casas 10 estão praticamente fechados ou já encerraram os trabalhos, e pelo menos outros seis caminham para o mesmo destino.

Razões — São apontados pelo dirigente três problemas macro.
1 — As dívidas das entidades devido ao subfinanciamento da tabela SUS. Isso fez com que empréstimos bancários fossem feitos para pagar as despesas, além da dívida de impostos.
2 — O custeio operacional. Não há verbas para o pagamento de contas básicas como água, luz e telefone.
3 — O dinheiro não chega. O governo federal passa recurso para o estadual ou para a prefeitura. E não são raros os casos em que os valores, já defasados, não chegam à entidade.
Caso — Juazeiro é um caso ilustrativo. Por lá, a prefeitura não repassa os recursos à entidade há mais de um ano. Em Santo Amaro, duas das três unidades de saúde estão à beira do fechamento por falta de recursos.

Herança de João — A prefeitura de Salvador vem pagando todo mês a conta das filantrópicas e santas casas daqui. Pagou no início da gestão do prefeito ACM Neto algo em torno de R$ 40 milhões referentes a uma dívida de João Henrique. Só que o débito era de R$ 64 milhões. E embora haja boa vontade, ainda não há prazos para pagar os R$ 20 milhões que faltam.

“As santas casas e filantrópicas não aguentam mais esse modelo de subfinanciamento perverso”

Maurício Dias – presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia, hospitais e entidades filantrópicas da Bahia protesta contra a falta de investimento neste setor.






Opções de privacidade