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Bahia foi o estado que mais perdeu leitos do SUS no Nordeste

Sem categoria - 25.05.16

A Bahia foi o estado do Nordeste que sofreu a maior redução em número de leitos de internação para uso do Sistema Único de Saúde (SUS) e foi o terceiro estado do país que mais ganhou em quantitativo de leitos na rede suplementar. Desde dezembro de 2010, 2.126 deles foram desativados na rede pública; na rede particular, 744 foram acrescidos.

O Nordeste, em números absolutos, é a segunda região brasileira mais afetada com o fechamento dos leitos do SUS. Quase 24 mil foram desativados na rede pública de saúde do país nos últimos 5 anos; o número baixou de 335,5 mil para 312 mil – uma queda de 13 leitos por dia. O quantitativo na rede suplementar e nas unidades privadas aumentou em 2,2 mil o número de leitos no mesmo período.

As informações foram apuradas pelo Conselho Federal de Medicina (CFM) junto ao Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES), do Ministério da Saúde. De acordo com o relatório de Estatísticas de Saúde Mundiais da OMS de 2014, o Brasil possuía 2,3 leitos hospitalares (públicos e privados) para cada grupo de mil habitantes no período de 2006 a 2012.

A taxa é equivalente à média das Américas, mas inferior à média mundial (2,7) ou as taxas apuradas, por exemplo, na Argentina (4,7), Espanha (3,1) ou França (6,4).

Para o presidente da Federação Baiana de Saúde (Febase), Marcelo Britto, a grande perda de leitos do SUS na Bahia “é preocupante e demonstra a insuficiência da tabela praticada, levando a rede privada a se afastar cada vez mais” do Sistema Único de Saúde.

“O estado e o município criam hospitais e policlínicas quando já existem hospitais e clinicas privadas no interior e na capital, basta pagar o valor justo que esta rede volta a atender ao SUS. Quando se inaugura um hospital público o custeio desta unidade custa varias vezes mais que se houvesse contratação de unidades privadas”, explica Britto, que é também vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS).

A reflexão do problema pelas vias da rede privada é também compartilhada pelo presidente da Ahseb, Mauro Adan. “A rede privada pode ser uma solução para suprir a  redução de leitos oferecido pela rede pública para pacientes do SUS, contudo, o modelo estabelecido  não favorece esta condição, o estado não cumpre as datas de pagamento e não estabelece os reajustes necessários , apesar do custo final na rede privada ser ainda menor do que da rede publica. Uma efetiva parceria poderia ser estabelecida , se o estado for capaz de construir uma relação mais saudável e  que atenda a máxima de “ganha/ ganha”, trazendo equilíbrio para o sistema”, afirma Adan.

 

*Com informações do site do Conselho Federal de Medicina e dados do Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES). Link: http://portal.cfm.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=26171:2016-05-17-12-26-58&catid=3_






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