O segmento de saúde privada no Brasil emprega 3 milhões e 600 mil trabalhadores formais, fora a movimentação econômica, a relação com prestadores de serviço e de outras naturezas, representando 9,6% do PIB nacional. Estes foram alguns números trazidos pelo presidente da Ahseb, Mauro Adan, durante a abertura do V Fórum de Relações Trabalhistas, realizada nesta quarta-feira, 14, no auditório da Casa do Comércio, em Salvador. Na ocasião, o administrador explicou a importância do setor para a economia do país e de se discutir os impactos da crise nas relações de trabalho.
“Estamos falando de um segmento extremamente representativo, contudo, um segmento que ainda não tem uma participação nas decisões nacionais de uma forma tão representativa quanto ele é para a área econômica. Passamos por uma fase muito crítica de forma nacional, especialmente no seguimento de saúde, por uma série de peculiaridades, e esse evento vem em um momento muito importante para discutir essas relações trabalhistas”, pontuou Adan, explicando que os hospitais e as empresas de saúde são um segmento de prestação de serviço e mão de obra intensiva, sendo, portanto, de grande importância no aprofundamento do debate sobre o que vem acontecendo e as tendências.
Além do presidente da Ahseb, a mesa de abertura do encontro foi composta pelo anfitrião do evento e presidente do Sindicato dos Hospitais e Estabelecimentos de Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Sindhosba), Raimundo Correia; pelo vice-presidente do Sindhosba, Eduardo Olivaes; pelo presidente da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado da Bahia (Fecomércio-BA), Carlos Andrade; pelo presidente da Federação Baiana de Saúde (Febase) e vice-presidente da Confederação Nacional de Saúde (CNS), Marcelo Britto; e pela presidente do Sindicato das Santas Casas e Entidades Filantrópicas do Estado da Bahia (Sindifiba), Laura Queiroz.
O presidente da Febase e vice-presidente da CNS fez na ocasião uma reflexão sobre as questões trabalhistas na área de saúde e o momento ímpar em que se vive, também reforçando a importância de se discutir o tema. “Nada melhor do que o Fórum de Relações Trabalhistas para difundir ideias, ouvir os contraditórios e a partir daí fazer os nossos julgamentos”, pontuou Marcelo Britto.
O V Fórum de Relações Trabalhistas é uma promoção do Sindhosba em parceria com a Fecomércio-BA e reúne até amanhã, 15, representantes da área de saúde, da sociedade civil, juízes e promotores. O evento aborda temas como a flexibilização da legislação trabalhista no momento de crise, novas modalidades de formação e aprendizagem de seres humanos em organizações, função social do contrato e as cooperativas de trabalho médico, atestados médicos e as implicações jurídicas, regras de contratação e negociação salarial, o poder da gerência ética, além da apresentação do case na área de gestão de pessoas.