Juliana Brito
Cinco anos após ter realizado uma mudança de gestão, o Hospital da Bahia (HBA) encerrará o ano ampliando a estrutura de atendimento e com um faturamento 1.000% superior ao de 2009.
O hospital investiu quase R$ 1 milhão na ampliação da emergência ortopédica, que a partir de dezembro passará a funcionar das atuais 12h para 24h, em uma parceria com a clínica Ortoped.
A partir de janeiro, o hospital ganhará novos leitos, 21 de UTI e 50 convencionais. Atualmente, possui 260 desses leitos. “A despeito da crise no setor de saúde, temos capacidade de investimento e acreditamos na expansão da nossa estrutura”, diz o superintendente-executivo, Marcelo Zollinger.
Sócio de Jadelson Andrade, superintendente do hospital, Zollinger chegou ao HBA em 2010 para ajudar a tirá-lo de uma crise. “Encontrei o hospital em dificuldade, mas o problema era mais de gestão que financeiro. Hoje tenho o hospital em capacidade plena”, diz.
Alta complexidade
Desde então, o Hospital da Bahia vem investindo em especialidades de alta complexidade.
Possui um Núcleo de Obesidade, o maior do Nordeste, com equipe multidisciplinar, que atende cerca de 70 pacientes com obesidade por mês, promovendo ações de acolhimento e conscientização quanto a processos cirúrgicos.
Investiu, também, em uma UTI Cardiovascular e em um Instituto do Cérebro. Esse último tem o diagnóstico rápido e o tratamento preventivo como pilares, o que, segundo Zollinger, ajuda a evitar as sequelas que costumam acometer 30% dos pacientes de AVC.
Outra mudança desse período foi a ampliação do número de convênios médicos com a instituição hospitalar. “Não tínhamos planos com enfermaria, por exemplo. Essa é uma cidade pobre, não dava para fazer assim”, diz o superintendente-executivo.
Um dos que passaram a ter convênio com o HBA foi o Planserv. O plano do governo do estado já responde por quase metade do faturamento parcial de 2014.
Zollinger também destaca o papel do SUS na nova fase do hospital. “Não se consegue, hoje, fazer um hospital competitivo se não houver parceria com o SUS”, afirma.
Fonte: A Tarde