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Infecção hospitalar é de 3% na Bahia

A temida infecção hospitalar, também chamada hoje de infecção relacionada à assistência à saúde, de acordo com Comissão Estadual de Controle de Infecção Hospital (Cecih), da Diretoria de Vigilância Sanitária e Ambiental (Divisa), da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) é adquirida pelo paciente durante procedimento dentro de um serviço de saúde e representa um dos principais problemas da qualidade de assistência à saúde.

Em relação a dados exatos sobre o número de pacientes acometidos pela infecção hospitalar no estado e de mortes, a enfermeira Eliana Auxiliadora Costa, coordenadora interina da Cecih, disse que é muito difícil levantar esta estatística, pois são 545 hospitais monitorados pela comissão em todo estado tanto público, privado como filantrópico e 32 Serviços de Diálise.

Todos os hospitais são obrigados pela lei 9431, de 1997, a ter um Programa de Controle de Infecção e também uma comissão. Mas nem todos enviam os dados regularmente, o que comprova irregularidade e muitas vezes a comissão tem que recorrer ao Ministério Público, já que existe esta lei que os obriga a ter o controle.

Costa adiantou que a média do ano passado é de 3% de infecção hospitalar. De acordo com dados da organização Mundial da Saúde, a enfermidade atinge 14% dos internados.

Este cálculo é levantado em cima do número de infectados pelo total de pacientes internados, principalmente em UTIs onde mais ocorrem os casos. Ela disse que são dados considerados baixos, porém admite que podem estar acima porque “tem muita subnotificação, os hospitais que não notificam. Trabalhamos com os dados que chegam”.

Em relação a surtos, a enfermeira afirma que recentemente não houve nenhum na Bahia, mas quando ocorrem “vamos até o local para saber o porquê, pois trabalhamos com a prevenção e controle, educação, treinamento e curso para os profissionais dos hospitais”, informou Costa.

Ezinete Dórea, também da equipe da Cecih, disse que as pessoas mais suscetíveis a infecções são pacientes com doenças crônicas como insuficiência cardíaca, diabetes, doenças renais devido ao uso de medicação que pode diminuir o sistema imunológico e ocorre quando estes são submetidos a procedimento invasivo como cirurgia, cateter, sonda e outros.

“A depender como o procedimento é realizado, a qualidade técnica do produto utilizado, os procedimentos que invadem são variáveis. A infecção pode ocorrer com fatores com os pacientes e com o procedimento. Muitas vezes o paciente já chega com a infecção, da sua comunidade, ou adquire com o próprio acompanhante. Não existe um fator único”, frisou Dórea.

Segundo ela, as infecções que mais acontecem, em primeiro lugar são as respiratórias, relacionadas ao tratamento por entubação; a segunda infecção da corrente sanguínea (uso de cateter) e também pela manipulação; a terceira é a infecção urinária, devido a utilização de sonda.

 


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