Dia Internacional da Mulher

No dia 08 de março comemoramos o Dia Internacional da Mulher, data criada pela Organizações das Nações Unidas (ONU).

Conheça 07 mulheres que deixaram seu legado e fizeram história na Saúde.

Elizabeth Blackwell – Primeira médica do mundo

Nascida em 1821, na Inglaterra, Elizabeth Blackwell desafiou a sociedade ao se tornar a primeira mulher a ingressar em uma faculdade de Medicina. Após ser recusada 12 vezes, em 1847 Elizabeth foi admitida na universidade Geneva Medical College. No início, ela foi impedida de fazer demonstrações médicas em sala de aula, por ser considerado algo inadequado para uma mulher. Com o passar do tempo, Elizabeth construiu um relacionamento amigável com boa parte dos alunos, que ficavam impressionados com sua habilidade e persistência. Em 1849, Elizabeth Blackwell formou-se em primeiro lugar em sua classe, tornando-se a primeira médica do mundo.

Elizabeth também abriu caminho para que outras mulheres seguissem a carreira médica e fundou diversas instituições como a New York Infirmary for Indigent Women and Children, a Woman’s Medical College da New York Infirmary, a London School of Medicine for Women e a National Health Society.

 

Nise da Silveira – Médica psiquiatra que revolucionou o tratamento mental no Brasil

Formada pela Faculdade de Medicina de Salvador, Nise da Silveira foi a única mulher de sua turma e uma das primeiras médicas do Brasil. Especializou-se em Psiquiatria e Neurologia no Rio de Janeiro, cidade onde trabalhou na área psiquiátrica questionando, censurando e rejeitando os métodos cruéis que eram utilizados na época, como uso da camisa de força, eletrochoque e lobotomias. Por se recusar a aplicar os métodos de tratamento convencionais, foi transferida para o setor de Terapia Ocupacional, como uma forma de punição. Contudo, essa mudança foi fundamental para que Nise implementasse a Terapia Ocupacional no tratamento psiquiátrico e idealizasse a Seção de Terapêutica Ocupacional e Reabilitação (STOR).

 

Gerty Theresa Cori – Primeira mulher a receber o prêmio Nobel de Medicina

Gerty cresceu em uma época em que mulheres eram marginalizadas na ciência e tinham poucos acessos a oportunidades. Natural de Praga, na República Tcheca, Gerty tinha apenas 16 anos quando decidiu se tornar médica. Para atender os requisitos exigidos pela faculdade, se dedicou a aprender em um ano latim, física, química e matemática – que normalmente eram cursados em um período de cinco anos. Em 1914, entrou na faculdade de Medicina da Universidade Alemã de Praga, algo incomum para as mulheres na época.

Em 1922, dois anos após conquistar o doutorado em medicina, Gerty e seu marido imigraram para os EUA em busca de melhores oportunidades. Juntos, Gerty e Carl desenvolveram as pesquisas que conferiram a eles Prêmio Nobel da Medicina em 1947, as informações apresentadas por eles foram fundamentais para o desenvolvimento do tratamento da diabetes.

 

Rita Lobato Velho Lopes – Primeira médica brasileira

Rita Lobato nasceu no Rio Grande do Sul em 1866. Em 1871, ao completar cinco anos de idade, mudou-se com a família para município de Pelotas, para iniciar os estudos. Aluna dedicada e excepcional, Rita concluiu o primário com nove anos de idade. Na adolescência, Rita perdeu a mãe por complicações do parto de seu irmão caçula e prometeu que iria trabalhar para evitar outras mortes naquela mesma situação. Porém, o ingresso na universidade só foi possível após o decreto imperial de 1879, no qual D. Pedro II proibia a discriminação contra mulheres no ensino superior. Sua dedicação e empenho acima da média foram cruciais para que Rita conseguisse antecipar seus exames e se formasse em apenas 3 anos. Em 1887, Rita realizou seu grande sonho e se formou em Medicina pela Universidade Federal da Bahia.

Gertrude Elion – Criadora do tratamento da Leucemia

Gertrude Elion foi uma bioquímica americana que ganhou um Prêmio Nobel de Medicina em 1988, por desenvolver medicamentos cruciais para o tratamento da leucemia. Formou-se em química, mas aprofundou seu conhecimento em bioquímica, farmacologia, imunologia e virologia.

Como assistente de George H. Hitchings, Gertrude iniciou os estudos para desenvolver fármacos baseados em conhecimentos de bioquímica e patologia. Alguns anos depois, Gertrude começou suas pesquisas com purinas e pôde desenvolver o primeiro medicamento para tratamento da Leucemia, além de remédios para o tratamento de Malária, Gota, Herpes Viral e diversas outras patologias.

 

Ana Néri – Pioneira da enfermagem no Brasil

Anna Justina Ferreira Néri nasceu na Bahia em 1814. Casou-se com o Capitão Isidoro Antônio Nery em 1837, com quem teve três filhos. Com o início da Guerra do Paraguai, em 1864, Anna solicitou permissão para o presidente da província da Bahia, para que pudesse acompanhar os filhos e o irmão durante os combates ou que ao menos pudesse ajudar nos hospitais próximos. Assim que recebeu a autorização, Anna foi incorporada ao grupo de voluntários com a função de enfermeira.

Durante a Guerra, Anna prestou serviços nos hospitais militares da região bem como nos postos de atendimento próximos às operações. Em 1870, com o fim da luta, ela regressou à sua cidade natal e recebeu grandes homenagens e reconhecimentos do governo, como a Medalha Geral de Campanha e a Medalha Humanitária de primeira classe.  O Dia do Enfermeiro, celebrado em 12 de maio, é uma das homenagens prestadas em memória de Anna Nery.

 

Florence Nightingale – Primeira enfermeira do mundo

Filha de pais ingleses abastados, Florence Nightingale nasceu em 12 de maio de 1820, na Itália e se radicou na Inglaterra. No desejo de trabalhar como enfermeira, frequentou instituições religiosas que trabalhavam com assistência a doentes. Se formou em enfermagem pelo Instituto de Diaconisas de Kaiserwerth, na Alemanha, e pouco tempo depois se mudou para Londres, onde passou a trabalhar como superintendente de um hospital de caridade. Em 1854, durante a guerra da Criméia contra a Rússia, o exército britânico estava prestes a ser derrotado, por conta da grande quantidade de soldados contaminados pelo cólera e outras doenças. Para controlar a situação e as críticas da imprensa, o Ministro da Guerra convidou Florence para assumir o posto de enfermeira–chefe do exército. Florence chegou na Turquia, com 38 voluntárias, entre religiosas e pessoas comuns vindas de diferentes hospitais. Durante a guerra, ela constatou que a falta de higiene e as doenças matavam grande número de soldados hospitalizados. Seu plano de trabalho de assistência aos feridos soldados feridos envolvia melhores práticas de higiene e a organização da infraestrutura hospitalar, o que a tornou reconhecida em toda a frente de batalha, consagrando a assistência aos enfermos nos hospitais de campanha. Em 1859, ela fundou a primeira Escola de Enfermagem, no hospital Saint Thomas, em Londres.

 

 

Fonte: https://blog.portalpos.com.br/curiosidades-conheca-7-mulheres-que-fizeram-historia-na-saude/ 


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