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Saúde Privada em 2015

Sem categoria - 28.12.15

As entidades de saúde que representam um importante setor da economia, também enfrentaram dificuldades em 2015. Algumas questões como falta de financiamento e demora no repasse de verbas impactam diretamente na oferta de melhores serviços para a população.

Em entrevista ao programa Saúde no Ar, (23.12.15) Marcelo Britto, vice-presidente da Associação de Hospitais e Serviços de Saúde do Estado da Bahia (Ahseb) e presidente da Febase, Federação Baiana de Saúde, informou que existe hoje uma ampla rede de assistência sendo muitos hospitais, clínicas e laboratórios, porém a maior demanda está direcionada a saúde suplementar.

Os planos de saúde respondem por 26% da população brasileira; no Brasil, há hoje 1.390 operadoras: 1013 médico-hospitalares e 377 odontológicas. A Bahia concentra 6% dos beneficiários por planos de saúde e 77% deles são provenientes de planos coletivos empresariais.

De acordo com Brito os hospitais públicos estão fechando as portas por falta de financiamento e que o setor privado poderia atender mais, porém esse serviço não é uma coisa simples de ser administrada.  “Nós temos um chamado tripé da crise: três fatores que pesam num melhor atendimento na área de saúde: não existe hoje um financiamento com linhas de crédito na área, as opções são os bancos comerciais com taxas impraticáveis. Os hospitais, clinicas e laboratórios deixam de comprar novas tecnologias o que é um risco para quem atende e para quem é atendido”. Ainda de acordo com Marcelo Brito, a área da saúde é a que mais se reinventa e a que mais tem problemas um deles é o fato das operadoras aumentarem o número de usuários sem aumentar a rede credenciada.

A necessidade de capacitação profissional constante é outra questão a ser considerada. Hoje a entidade mantém cursos através da Universidade corporativa, porém são os alunos que arcam com os custos. Brito chama atenção para o Projeto de Lei (PL) 559/15, que desvincula os estabelecimentos da saúde do Sistema S do Comércio, sistema que recebe financiamento direto para capacitações.

Apesar das dificuldades a área da saúde é uma das que mais empregam, com mais contratos que demissões: ” não tem como colocar robôs em hospitais, são pessoas para atender pessoas. Hospitais não fecham as portas nunca, dessa maneira temos que ter trabalhadores trabalhando o ano inteiro e isso requer mão-de-obra”. Durante a entrevista Brito manifestou uma preocupação: 24 de dezembro é o limite para as operadoras de planos de saúde atenderem as determinações estabelecidas pela Lei 13003 que dispõe sobre a obrigatoriedade dos contratos escritos entre operadoras de assistência à saúde e prestadores de serviço, porém até a data da entrevista nenhum contrato havia sido assinado. Para Marcelo Brito, há ainda uma questão mais agravante: só a partir de seis meses de atraso o hospital pode cobrar das operadoras, o que só aumenta o sinistro deste setor. “Você pode deixar de pagar o plano durante seis meses e ainda receber os serviços?  “Saúde não tem preço, mas a medicina tem custos”.

Brito finalizou a entrevista de forma otimista e atento à realidade. Segundo ele do ponto de vista econômico, principalmente no primeiro semestre o setor da saúde vai passar por aperto e para driblar a crise recomendou aos associados: “ Vamos ser otimistas, trabalhar mais e cobrar mais dos nossos políticos”.

Da redação do Saúde no ar.

Fonte: Portal Saúde no Ar. Link http://www.portalsaudenoar.com.br/saude-privada-em-2015/






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