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As Tecnologias a serviço da Saúde

Sem categoria - 09.09.16

Não existe nada mais importante do que a própria saúde e das pessoas que amamos, correto? A boa notícia é que as tecnologias vêm entrando fortemente nessa área, fazendo com que as pessoas vivam mais tempo, com mais qualidade, melhorando a relação com os cuidados que se têm e com os diversos atores envolvidos, como hospitais, laboratórios, clínicas e profissionais da saúde em geral.

O crescimento do mercado mundial no setor de e-health – Tecnologias da Informação e Comunicação (TICs) na Saúde – apresenta um cenário de grandes oportunidades. São inúmeras as fontes que apontam para uma tendência de crescimento explosivo. Dados recentes da PwC indicam que fundos de investimento e empresas do ramo da saúde deverão injetar mais de R$ 17 bilhões em projetos de inovação tecnológica no Brasil nos próximos dois anos. Os números do setor são todos astronômicos e estima-se que o mercado global de Tecnologias na área médica gire em torno de US$ 330 bilhões.

Existem várias forças demográficas, comportamentais e culturais que vêm promovendo mudanças cada vez mais rápidas na maneira como lidamos com a nossa saúde e bem-estar. Nesse sentido, destacam-se o envelhecimento populacional e o aumento da expectativa de vida das pessoas; crescimento da classe média e privatização do setor de saúde brasileiro; crescimento de doenças crônicas e surtos epidêmicos; crescimento nos custos dos planos de seguros de saúde; mobilidade urbana (ou a falta de); hospitais lotados, falta de médicos, enfermeiros e tudo isso dentro de um país com dimensões continentais como é o Brasil.

Neste cenário de rápidas transformações, a área de mobile health (M-health – saúde móvel) apresenta grande potencial, graças à enorme base instalada de celulares e uma cultura de utilização frenética em todas as camadas sociais. Dados recentes da Anatel confirmam 256 milhões de celulares em uso no país, com elevado hábito de utilização. Pesquisa divulgada pela Google, em 2015, constatou que um indivíduo pode ser considerado viciado em celular quando recorre ao aparelho por mais de 60 vezes num dia e os brasileiros atingiram um índice de 150 consultas/dia.

Em outra pesquisa, a consultoria britânica Cello Health Insight entrevistou 1.040 médicos em oitos países e confirmou que 87% dos médicos no Brasil usam o WhatsApp com forma rotineira de comunicação com seus pacientes. Nossos médicos ficaram no topo da lista, seguidos pelos Italianos com 61% dos entrevistados e Chineses com 50%. Curiosamente, Reino Unido e Estados Unidos são os países em que o aplicativo é menos popular entre médicos, segundo a pesquisa.

Não faz mais sentido pensar que a tecnologia venha de alguma maneira substituir o papel do médico. Ao contrário, e o m-health é um ótimo exemplo nesse sentido. As tecnologias vêm para prestar um serviço de alto valor agregado e aproximar ainda mais os profissionais de saúde de pacientes, cada vez conectados e demandantes. Diante da cultura trazida por aplicativos como o Whatsapp, a expectativa é de respostas cada vez mais imediatas e individualizadas.






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